Hei de cantar aqui neste canto
e sempre, um amor verdadeiro
Vivido ou sonhado. Pois que o amor,
nem sempre se pode ter por inteiro
Hei de cantar lá noutro canto,
as dores feito brincadeira
Mas que seja a emoção, sempre,
a minha melhor companheira.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
domingo, 24 de outubro de 2010
Um Grão de Loucura
Um grão de areia não tem cor,
não tem cheiro, não tem sabor
Pode ser chutado, pisoteado,
esmagado, não sente dor...
Um grão de areia é essência do
deserto sem vida. O lar do escorpião
E da cobra que serpenteia, como se
a vida, fosse eterno verão
Um grão de areia moldado pelo vento,
forma as dunas de curvas sinuosas
que te fascinam. Tem a cor do ouro,
na despedida das tardes que terminam
Um grão de areia forma a praia onde
descansas. De onde se avista o mar,
e a beleza da onda que dança
Um grão de areia aquecido, forma o
vidro que faz teus óculos, tua lupa,
teu telescópio. Misturado à prata
bendita, faz o espelho onde te fitas
Um grão de areia aquecido, faz a garrafa
de teu vinho do Porto. Faz também, o
pequenino frasco onde guardas o teu
teu perfume. Ou o veneno, que te faz morto
Um grão de areia junta-se ao barro que os
teus pés suja, ou ao cimento que o sobrepuja,
e faz a casa que te abriga. O lar, para tua vida
Faz a cela que te castiga, faz o templo onde a
teu Deus você grita, mas que às vezes te é surdo.
Pois você, também nem sempre nele acredita.
Um grão de areia cai na ostra e se transforma
em pérola. Ou cai no teu olho, e reclamas: Que
diabo! Que grão do Inferno!
Um grão de areia é assim. Pequenino e sem vida
Pode ser tudo, e pode ser nada. Pode ser até, fique
a vontade, o mote do teu poema na madrugada.
não tem cheiro, não tem sabor
Pode ser chutado, pisoteado,
esmagado, não sente dor...
Um grão de areia é essência do
deserto sem vida. O lar do escorpião
E da cobra que serpenteia, como se
a vida, fosse eterno verão
Um grão de areia moldado pelo vento,
forma as dunas de curvas sinuosas
que te fascinam. Tem a cor do ouro,
na despedida das tardes que terminam
Um grão de areia forma a praia onde
descansas. De onde se avista o mar,
e a beleza da onda que dança
Um grão de areia aquecido, forma o
vidro que faz teus óculos, tua lupa,
teu telescópio. Misturado à prata
bendita, faz o espelho onde te fitas
Um grão de areia aquecido, faz a garrafa
de teu vinho do Porto. Faz também, o
pequenino frasco onde guardas o teu
teu perfume. Ou o veneno, que te faz morto
Um grão de areia junta-se ao barro que os
teus pés suja, ou ao cimento que o sobrepuja,
e faz a casa que te abriga. O lar, para tua vida
Faz a cela que te castiga, faz o templo onde a
teu Deus você grita, mas que às vezes te é surdo.
Pois você, também nem sempre nele acredita.
Um grão de areia cai na ostra e se transforma
em pérola. Ou cai no teu olho, e reclamas: Que
diabo! Que grão do Inferno!
Um grão de areia é assim. Pequenino e sem vida
Pode ser tudo, e pode ser nada. Pode ser até, fique
a vontade, o mote do teu poema na madrugada.
sábado, 23 de outubro de 2010
Amor Inocente
Hoje eu só queria estar assim...
No teu colo, na tua cama
E entre beijos e carícias,
explorar teus íntimos segredos
Com a língua, com os dedos,
acariciar primeiro os lábios
de cima. Depois, o pescoço,
os seios... Descer a estrada
sem freio, rumo ao desatino
E chegar ao pote onde queima
o mel dos desejos... Para
estancar esta sede da flor e
da flexa, fogo que nos calcina
Pois que a menina é loba e
mulher... E o menino, aquele que
te quer, veste pele de cordeiro
Mas ao fim não passa mesmo,
é de um grande trapaceiro...
Ah, vida e sina! Nunca se chega
aprender na prática o verdadeiro
amor... Aquele que tanto se ensina.
No teu colo, na tua cama
E entre beijos e carícias,
explorar teus íntimos segredos
Com a língua, com os dedos,
acariciar primeiro os lábios
de cima. Depois, o pescoço,
os seios... Descer a estrada
sem freio, rumo ao desatino
E chegar ao pote onde queima
o mel dos desejos... Para
estancar esta sede da flor e
da flexa, fogo que nos calcina
Pois que a menina é loba e
mulher... E o menino, aquele que
te quer, veste pele de cordeiro
Mas ao fim não passa mesmo,
é de um grande trapaceiro...
Ah, vida e sina! Nunca se chega
aprender na prática o verdadeiro
amor... Aquele que tanto se ensina.
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Quem é bom de bico, enche o papo
Meu caro pássaro de bico longo e bem desenhado.
Leve a mal não, mas nesta selva de ilusões o segredo da
sobrevivência está menos no tamanho do bico, que no bom
trinado... E o que te parece agora apenas mais um pedaço
de pano vermelho rasgado, continua a ser o nosso grande
ninho de pelego-lego. E garanto: Está muito bem arrumado
Acorda, amigo! Que aqui comigo não tem essa história de
pato manco... Não sou cartomante, mas já vejo que o teu
futuro vai ser mesmo ficar eternamente esperando a vez
sentado no banco... Se até o gringo já disse que eu sou
O Cara, e já venho levando esse povo no bico por tantos
anos, tu acha que logo agora vou lá ter medo de tucano?
Eu sei que ninguém entendeu bem a escolha. O porquê de
uma desconhecida na parada. Eles esqueceram que tem o
Livrão... E de que quem tem apenas dois, não tem nada. Às
vezes me pergunto, que mal tem a eternidade? Se até o velho
deus ateu da ilha perdida ressuscitou e ainda tá dando piruada!
Sei também que pra você ela é apenas mais uma Edileusa
que veio do nada. Mas pra mim, já é a Dil, minha rainha
primeira, do nosso terceiro reino encantado
E pra fechar já vou avisando: Não adianta apelar pra nenhum
escândalo, que eu nunca sei o que está rolando. Demito e pronto!
Fica tudo limpinho, e no fim o povão só quer mesmo saber é de
bolsa e do meu canto... E se não quer voltar a apanhar feio, vê
se não me aparece daqui a quatro, que vou ganhar meu terceiro.
Te cuida, careca, que teu sonho emplumado é puro engano!
E saiba que eu sempre vou dizer-me do contra... Mas agora no
segundo tempo, vou mesmo é abortar de vez os teus planos!
Leve a mal não, mas nesta selva de ilusões o segredo da
sobrevivência está menos no tamanho do bico, que no bom
trinado... E o que te parece agora apenas mais um pedaço
de pano vermelho rasgado, continua a ser o nosso grande
ninho de pelego-lego. E garanto: Está muito bem arrumado
Acorda, amigo! Que aqui comigo não tem essa história de
pato manco... Não sou cartomante, mas já vejo que o teu
futuro vai ser mesmo ficar eternamente esperando a vez
sentado no banco... Se até o gringo já disse que eu sou
O Cara, e já venho levando esse povo no bico por tantos
anos, tu acha que logo agora vou lá ter medo de tucano?
Eu sei que ninguém entendeu bem a escolha. O porquê de
uma desconhecida na parada. Eles esqueceram que tem o
Livrão... E de que quem tem apenas dois, não tem nada. Às
vezes me pergunto, que mal tem a eternidade? Se até o velho
deus ateu da ilha perdida ressuscitou e ainda tá dando piruada!
Sei também que pra você ela é apenas mais uma Edileusa
que veio do nada. Mas pra mim, já é a Dil, minha rainha
primeira, do nosso terceiro reino encantado
E pra fechar já vou avisando: Não adianta apelar pra nenhum
escândalo, que eu nunca sei o que está rolando. Demito e pronto!
Fica tudo limpinho, e no fim o povão só quer mesmo saber é de
bolsa e do meu canto... E se não quer voltar a apanhar feio, vê
se não me aparece daqui a quatro, que vou ganhar meu terceiro.
Te cuida, careca, que teu sonho emplumado é puro engano!
E saiba que eu sempre vou dizer-me do contra... Mas agora no
segundo tempo, vou mesmo é abortar de vez os teus planos!
domingo, 10 de outubro de 2010
A palavra essencial
Mesmo que venhas de muito longe, e me
tragas de presente o maior dos cestos,
carregado até a boca com as mais lindas
palavras bordadas
Se esqueceres daquela denominada amor,
serei gentil, mas firme: Volte, por favor.
E apanhe aquela que nunca poderia ter faltado
Senão terá sido inútil tanto o presente,
quanto tua longa caminhada.
tragas de presente o maior dos cestos,
carregado até a boca com as mais lindas
palavras bordadas
Se esqueceres daquela denominada amor,
serei gentil, mas firme: Volte, por favor.
E apanhe aquela que nunca poderia ter faltado
Senão terá sido inútil tanto o presente,
quanto tua longa caminhada.
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Importa mesmo é quem eu amo
Se disseres que me amas,
ficarei feliz e orgulhoso, é claro
Mas sempre que digo: Eu te amo,
sinto-me mais feliz ainda
Pois nestes momentos ultrapasso
a barreira do eu, guardada
com tanto esmero. Sinto-me
somente teu, e agora por inteiro.
ficarei feliz e orgulhoso, é claro
Mas sempre que digo: Eu te amo,
sinto-me mais feliz ainda
Pois nestes momentos ultrapasso
a barreira do eu, guardada
com tanto esmero. Sinto-me
somente teu, e agora por inteiro.
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