domingo, 14 de fevereiro de 2010

Marimba

Um dia dizes talvez
Noutro gritas um não

Enquanto isso, no fundo
dos teus olhos negros
e lindos brilha um sol
de louco desejo

Que enquanto aquece
a tarde morna de verão,
faz mudar o tempo...

Mas para o menino criado
na rua com toda a tarimba,
hoje pouco importa a direção
que toma o vento...

Saiu de marimba. Pedra e linha
lançadas com precisão. E a pipa
voada, claro, caiu em sua mão.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Canto do aconchego

Diz-me ao que vens, amor
Sem subterfúgios, sem meias
palavras. Serena como água
cristalina de um riacho

Por um instante que seja,
suspenda o choro, abafe o grito
Que te darei a mão para
que possas voar até o infinito

Que lá, sem medo com toda a
loucura do encanto, irás renascer
a cada dia um pouco mais nos
braços deste que te ama tanto

Embora eu já adivinhe, diz-me
ao que vens. Somente para que
eu tenha a licença para corrigir
teu rumo, teu passo.

E possa fazer-te finalmente feliz
No aconchego do meu colo,
no calor do meu abraço.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Canto do afeto

O afeto, pó fino de minha
minha emoção sincera, levado
pela brisa do mais puro sentimento
pousa sempre no teu colo

E por certo leva junto os sons
da música de nossas almas
O que temos de melhor
a qualquer momento
Nossa canção mais bela

Mas todas as vezes em que assopras
a poeira, tapas os ouvidos ou te calas,
me pergunto: Por que não podemos
cantá-la sempre em duo, por que
eventualmente desacreditas tanto
do que parece sonho e cantas solo?